“Crise, Sexo e Facebook” enche Auditório da Cerâmica Arganilense de boa-disposição
Florbela Queiroz, Nuno Miguel Henriques e sua companhia, encheram o auditório da Cerâmica Arganilense de humor e gargalhadas.
A noite estava agradável e o público ansioso e expetante para ver o regresso da tão consagrada atriz Florbela Queiroz aos palcos. Foi no passado sábado, dia 30 de Março que o teatro de revista conquistou o palco da Cerâmica Arganilense para a alegria das dezenas de pessoas que se deslocaram à Cerâmica Arganilense. Iniciativa da Câmara Municipal de Arganil, surge no seguimento das comemorações do Dia Mundial do Teatro, celebrado a 27 de Março. Ouvem-se as “pancadas de Moliére” e começa o teatro de revista. O primeiro a entrar em palco foi o ator Tiago Almeida, seguido de Nuno Miguel Henriques na pele de “teledependente”, um dependente de televisão. Abria-se assim o pano a momentos hilariantes e de pura comédia que não poupariam a gargalhada de toda a plateia. Florbela Queiroz entra em palco como “mulher-a-dias”, em conversa com um agente da autoridade, numa cena onde os risos ecoaram a sala. Outros momentos hilariantes foram aplaudidos, como o Fado em chinês, umas Lavagens de Roupa Suja dos Partidos da Assembleia, uns telefonemas muito suspeitos, a visita de dois bem-dispostos açorianos ao continente, culminando com um momento não de humor, mas de introspecção: – João Villaret numa evocação poética de Nuno Miguel Henriques, assinalando o centenário do seu nascimento. O espetáculo foi ainda iluminado pela incrível voz de Jorge Guerreiro, que do fado à música popular, conseguiu arrancar as pessoas dos seus lugares que, levantadas, cantaram e dançaram. O Município de Arganil, numa singela homenagem a Florbela Queiroz que conta já com mais de 50 anos de palco, ofereceu pelas mãos do Sr. Presidente da Câmara de Arganil, Eng. Ricardo Alves, um ramo de flores. Recorde-se que esta atriz foi distinguida recentemente pela Câmara Municipal de Lisboa com a Medalha de Mérito (grau ouro). Esta produção, escrita e encenada por Nuno Miguel Henriques, cumpriu tudo aquilo que prometeu. Foi um analgésico para a tristeza, contagiou e arrancou profundas risadas a um público com quem os atores não pararam de interagir, que se mostrou igualmente interactivo e sobretudo bem-disposto.