Abril de 2018
Neste mês de Abril de 2018 o Município de Arganil pagou a última prestação do empréstimo para saneamento financeiro, contraído em 2006 para pagar dívida herdada em Outubro de 2005. Ao fim de 12 anos, foi paga a última das 120 prestações de 50 mil Euros. Como é óbvio, este encargo financeiro anual de 500 mil Euros, acrescido dos correspondentes juros, condicionou, significativamente, o trabalho dos executivos camarários ao longo dos três últimos mandatos autárquicos.
Ainda assim, com as medidas implementadas, foi possível fazer do Município de Arganil um exemplo de boas práticas; um Município que se comporta como pessoa de bem e que honra atempadamente os compromissos assumidos.
Cumprida que está esta exigente missão, estamos em condições de olhar para o futuro com renovada confiança.
A construção deste nosso futuro colectivo é indissociável da concretização de um conjunto de investimentos absolutamente cruciais para o nosso concelho e para a qualidade de vida das nossas gentes: ao nível da reabilitação e ampliação dos sistemas de abastecimento de água, do saneamento de águas residuais, da criação de condições que permitam acolher novas empresas, dos investimentos nos equipamentos escolares, da reabilitação do património, da requalificação da rede viária.
Paralelamente, o ciclo do atual quadro comunitário vai gerar algumas novas oportunidades de financiamento para investimentos municipais, sendo crucial que a Câmara Municipal tenha meios para assegurar a componente financeira da responsabilidade do Município.
Sucede que as intervenções e os investimentos em curso têm provocado enorme pressão sobre a tesouraria do Município; desde logo porque a Câmara Municipal só assume compromissos quando tem meios financeiros para os pagar. A título de exemplo, é de referir que a reabilitação das escolas do primeiro ciclo de Sarzedo e Pomares e a extensão do Centro de Saúde de S. Martinho da Cortiça são investimentos a que o Município já alocou mais de 800 mil euros de fundos municipais.
Paralelamente, as consequências dos incêndios que assolaram tragicamente o nosso concelho têm provocado despesas muito significativas para o Município, como é o caso da estabilização de imóveis destruídos pelos incêndios e que colocam em causa a segurança de pessoas e bens. Neste âmbito, já foram assumidos compromissos que ultrapassam os 600 mil euros, existindo ainda um conjunto muito significativo de intervenções para concretizar.
Nestas circunstâncias e reconhecendo que há um conjunto de investimentos cuja execução urge concretizar, a Câmara Municipal decidiu contrair um empréstimo bancário para investimento, no valor de 4 milhões de euros, para amortizar durante os próximos 8 anos.
Este empréstimo vai permitir concretizar muitos dos investimentos que consideramos fundamentais para o concelho, não gerando dificuldades acrescidas para a tesouraria municipal.
A grande diferença relativamente aos últimos 12 anos, é que até agora pagavam-se 500 mil Euros por ano apenas e só para amortizar dívida herdada em 2005; dentro em breve e durante os próximos 8 anos pagar-se-ão também 500 mil Euros por ano; mas porque se concretizarão novos e decisivos investimentos para o concelho.