Projeto Floresta da Serra do Açor já plantou 58 mil árvores em terrenos baldios
Celebra-se hoje o primeiro aniversário do projeto Floresta da Serra do Açor, uma iniciativa que junta a Câmara Municipal de Arganil, o Grupo Jerónimo Martins e associações dos proprietários dos terrenos baldios do concelho de Arganil, com o objetivo de preservar e valorizar a paisagem devastada pelos incêndios florestais de 2017.
Este projeto, financiado em cerca de 5 milhões de euros pelo Grupo Jerónimo Martins, vai permitir ao longo dos próximos 15 anos reflorestar cerca de 2.500 hectares de terrenos. Estão a ser plantadas árvores de espécies resistentes ao fogo e, o que era predominantemente terreno baldio, será convertido numa floresta multifuncional, com uma paisagem variada e mais resiliente, por ser composta por uma mistura de espécies onde o pinheiro-bravo se cruza, entre outros, com sobreiros, medronheiros, castanheiros.
Desde o protocolo de financiamento celebrado com o Grupo Jerónimo, no dia 29 de junho de 2020, foram plantadas 58.090 árvores (38.727 pinheiros bravos, 12.163 carvalhos e 7.200 sobreiros) no concelho de Arganil. A próxima campanha de plantação de árvores terá início em outubro e, até ao final deste do ano, serão mais de 300 mil as espécies introduzidas na Serra do Açor.
Esta conjugação de esforços inédita em Portugal entre uma entidade privada, uma autarquia e comunidades locais permitiu avançar com um projeto de gestão florestal absolutamente diferenciador e pioneiro no nosso país. “Permitiu-nos começar a construir um futuro que vai muito para além de nós; Um futuro em que o nosso território estará mais forte, resistente e preparado para as adversidades”, frisou o presidente da Câmara Municipal de Arganil, Luís Paulo Costa, admitindo sentir-se “verdadeiramente privilegiado e genuinamente honrado por poder desenvolver e poder fazer parte de um projeto transformador, que tem tanto de utópico como de concreto e autêntico”.
O Grupo Jerónimo Martins “decidiu investir neste projeto, sem qualquer expectativa de retorno económico, por acreditar na enorme mais-valia que representa para o desenvolvimento do interior do país, para a proteção dos solos e dos recursos hídricos, para a promoção da biodiversidade e pelo impacto positivo que terá na mitigação dos efeitos do aquecimento global.
É um projeto de combate à desflorestação vocacionado para o longo prazo que temos muito orgulho em integrar”, explica António Serrano, Diretor-Geral da Jerónimo Martins Agro-Alimentar e representante de Jerónimo Martins no Conselho de Acompanhamento Estratégico da Associação Floresta Serra do Açor, a entidade sem fins lucrativos que foi criada para o desenvolvimento do projeto.