O Átrio de Exposições Guilherme Filipe vai receber a partir do dia 15 de outubro, data em que, pelas 17h00 inaugura, a exposição “Rostos da Igualdade” de António Ervedeiro. São no total 15 obras do artista, para quem pintar caras, rostos e pessoas, sempre foi um desafio, sendo que sempre tendeu para a pintura de paisagens e formas não humanas.
Neste conjunto de obras que aqui expõe e que nos mostram muitos rostos, António Ervedeiro inspirou-se na canção “Grândola, Vila Morena” e numa das fortes estrofes que compõem o poema: “em cada rosto igualdade, em cada esquina um amigo”. Foi, pois, esse o clique necessário para abrir as portas a esta coleção que designou: “Rostos da Igualdade”, deixando-se levar por figuras que marcaram a sua vida, escolhendo-as ao sabor do acaso e da primeira intenção.
No conjunto, dá principalmente destaque à figura em si e ao contexto em que se insere, de modo a realçar a expressividade intrínseca de cada uma. Uma linha, simples e contínua, traçada no horizonte, marca o elo de ligação de todas as pinturas, numa perspetiva minimalista das mesmas.
António Ervedeiro nasceu em 1956 em Freixo de Numão (Vila Nova de Foz-Côa), licenciou-se em Psicologia Clínica e durante os anos 70 realizou os seus primeiros esboços, naturalmente simples e rudimentares, com base em modelos conhecidos e influência de amigos especializados nesta área. Ao longo dos anos a técnica foi-se naturalmente apurando e as temáticas diversificando. Atualmente, uma técnica mista de guache e aguarela constitui a referência fundamental da sua obra, quase sempre preocupado com a forma e a cor como vínculo de transmissão da mensagem pessoal. António Ervedeiro é membro da Associação de Artes Plásticas de Cascais, em 1990 integrou o grupo VIRAGEM, através do qual participou em três exposições coletivas, na galeria em Cascais. Em 1990 fez parte do 1º Concurso Nacional de Pintores de Domingo, Sociedade Nacional de Belas Artes em Lisboa.