Águas Residuais
As águas residuais resultam da alteração das características físicas, químicas e biológicas da água, devido à sua utilização por parte do homem. (Procede essencialmente da água, que é distribuída às comunidades, após ter sido contaminada pelos vários usos a que foi submetida)
De acordo com o Decreto-Lei n.º 236/98, de 1 de Agosto e o Decreto-Lei n.º 152/97, de 19 de Junho, as águas residuais podem ser classificadas nos seguintes tipos:
- Águas residuais domésticas – águas residuais de instalações residenciais e serviços, essencialmente provenientes do metabolismo humano e de atividades domésticas;
- Águas residuais industriais – todas as águas residuais provenientes de qualquer tipo de atividade que não possam ser classificadas como águas residuais domésticas, nem sejam águas pluviais;
- Águas residuais urbanas – águas residuais domésticas ou a mistura destas com águas residuais industriais ou pluviais.
As águas residuais, ao serem descarregadas no meio hídrico, provocam alterações na qualidade da água e na sua disponibilidade para determinados fins (ex.: recreio, piscicultura, utilização balnear, uso agrícola ou industrial, etc.), bem como desequilíbrios na natureza, com graves consequências para a saúde pública, fauna e flora. Por forma a minimizar estes impactes, é necessário proceder, previamente, ao seu tratamento em Estações de Tratamento de Águas Residuais (ETAR’s) e Fossas Séticas Coletivas.
As águas residuais produzidas nas habitações, comércio e indústria, em zonas servidas por redes de drenagem de águas residuais, são recolhidas e transportadas, através de coletores gravíticos, condutas elevatórias e emissários, até às ETAR’s, onde o seu tratamento é efetuado por uma série de processos mecânicos, físicos e biológicos.
Atualmente, no Município de Arganil, existem 28 ETAR’s.
A identificação da entidade gestora das ETAR’s existentes no Concelho de Arganil e o respetivo tipo de tratamento secundário (tratamento biológico) encontram-se discriminados na tabela seguinte.
Nome | Entidade Gestora | Tipo de Tratamento Biológico |
Alagoa/ Arganil | Águas do Centro Litoral | |
Barril de Alva | Águas do Centro Litoral | Lamas Ativadas |
Casal Frade | Município de Arganil | Lagoa Macrófitas |
Casarias | Município de Arganil | Lamas Ativadas |
Chãs D´Égua | Município de Arganil | Lamas Ativadas |
Celavisa | Município de Arganil | Lamas Ativadas |
Cerdeira | Município de Arganil | Lagoa Macrófitas |
Coja | Águas do Centro Litoral | Lamas Ativadas |
Cortiça | Município de Arganil | Leitos Percoladores (baixa carga) |
Esculca | Município de Arganil | Lamas Ativadas |
Folques | Município de Arganil | Lamas Ativadas |
Foz da Moura I | Município de Arganil | Lamas Ativadas |
Foz da Moura II | Município de Arganil | Lamas Ativadas |
Maladão | Município de Arganil | Lamas Ativadas |
Malhada Chã | Município de Arganil | Lamas Ativadas |
Nogueira | Município de Arganil | Lamas Ativadas |
Piódão | Município de Arganil | Lamas Ativadas |
Pomares | Águas do Centro Litoral | Lamas Ativadas |
Póvoa de Folques I | Município de Arganil | Lamas Ativadas |
Póvoa de Folques II | Município de Arganil | Lamas Ativadas |
Rochel | Município de Arganil | Lamas Ativadas |
Saíl | Município de Arganil | Lamas Ativadas |
Sarnadela | Município de Arganil | Lagoa de Macrófitas |
S. Martinho da Cortiça | Águas do Centro Litoral | Lamas Ativadas |
Vila Cova de Alva | Águas do Centro Litoral | Lamas Ativadas |
Zona Industrial de Coja | Município de Arganil | Lagoa de Macrófitas |
Zona Industrial da Relvinha | Município de Arganil | Lamas Ativadas |
Zona Industrial de Vale do Fojo | Município de Arganil | Lamas Ativadas |
Controlo de qualidade das águas residuais
A descarga de águas residuais urbanas no meio recetor é regulada pelo Decreto-Lei n.º 152/97, de 19 de Junho. Este diploma fixa valores limite de descarga para os parâmetros Carência Bioquímica de Oxigénio (CBO5), Carência Química de Oxigénio (CQO) e Sólidos Suspensos Totais (SST), bem como a percentagem mínima de redução em relação à carga afluente à ETAR.
Para além deste diploma, deverá ainda atender-se ao Decreto-Lei n.º 236/98, de 1 de Agosto, que define a qualidade de águas em função do uso a que está sujeita, nomeadamente, águas para consumo humano, águas para suporte da vida aquícola, águas balneares e águas de rega.
No sentido de verificar a conformidade da descarga dos efluentes das ETAR’s com a legislação em vigor, o Município de Arganil tem um programa de monitorização, de acordo com o estipulado nas licenças de utilização do domínio hídrico. Neste programa de monitorização é efetuado o controlo das águas residuais à entrada e à saída das ETAR’s, por laboratório independente e devidamente acreditado.
Fossas sépticas
O sistema de tratamento por fossas séticas consiste num tanque de sedimentação destinado a reter os materiais sólidos, durante um tempo suficientemente longo para permitir uma adequada decomposição do sedimento.
O tratamento das águas residuais, numa fossa sética, compreende duas fases – a decantação e a digestão anaeróbia das lamas que se depositam no fundo.
Para assegurar a eficiência do referido tratamento, as fossas devem ser limpas anualmente, devendo existir o cuidado de não remover a totalidade das lamas, de modo a garantir a continuidade dos microrganismos necessários para degradar a matéria orgânica. As águas residuais e lamas aspiradas devem ser encaminhadas para uma ETAR, por forma a concluir o seu tratamento. No caso das fossas séticas individuais, os munícipes deverão requerer o serviço de limpa-fossas junto do Balcão Único da Câmara Municipal.
Fossas Séticas Coletivas no Concelho Arganil
Freguesia | Povoação |
Anceriz | Anceriz |
Arganil | Casal de S. José (2 fossas) |
Lomba | |
Torrozelas (2 fossas) | |
Barril do Alva | Casal do Meio |
Areeiro | |
Benfeita | Benfeita |
Pardieiros | |
Moura da Serra | Moura da Serra |
Mourísia | |
Pomares | Porto Silvado |
Sobral Gordo | |
Sobral Magro | |
Soito da Ruiva | |
Vale do Torno | |
Pombeiro da Beira | Vilarinho do Alva |
S. Martinho da Cortiça | Cortiça |
S. Martinho da Cortiça |