6ª edição do Festival Literário Internacional do Interior
A arte e a cultura como reanimadores de uma região e de um povo
Decorreu entre o dia 15 e 18 de junho a 6ª edição do Festival Literário Internacional do Interior – Palavras de Fogo em homenagem às vítimas dos fogos florestais, sob a égide do lema “A arte e a cultura como reanimadores de uma região e de um povo”.
O festival, que este ano homenageou os escritores Eduardo Lourenço, Eugénio de Andrade, Mário Cesariny, Natália Correia e Urbano Tavares Rodrigues, bem como os 50 anos da Associação Portuguesa de Escritores, decorreu em 10 concelhos da região centro, nomeadamente Alvaiázere, Ansião, Arganil, Coimbra, Condeixa-a-Nova, Góis, Lousã, Miranda do Corvo, Pedrógão Grande e Tábua.
A sessão de abertura desta 6.ª edição do Festival Literário Internacional do Interior – Palavras de Fogo realizou-se no dia 15 de junho em Ansião, com um interessante programa cultural, a que se seguiu um jantar literário com a presença de todos os intervenientes no programa do Festival.
Em Arganil realizaram-se, no dia 1 de junho, dois encontros com Cristina Robalo Cordeiro dirigidos aos alunos do ensino secundário, em que a autora falou da sua experiência e do seu trabalho de escritora, levando o público numa viagem pela geografia, história e cultura magrebina, fonte de inspiração para os romances “Fuga Marroquina” e “A lição de Pintura”, e um terceiro volume cuja publicação está prevista ainda para este ano.
No dia 5 de junho, Mónica Guerra visitou a Biblioteca Municipal de Arganil e a Biblioteca Alberto Martins de Carvalho, onde se encontrou com crianças do 1º ciclo de ensino básico para contar as histórias criadas no âmbito do projeto Poliniza Buzz e refletir com as crianças sobre a importância da promoção de sistemas alimentares sustentáveis.
No dia 9 de junho decorreu na Biblioteca Alberto Martins de Carvalho, em Coja, a inauguração da exposição “Eduardo Lourenço e os outros: no mundo como devir”, que destaca um dos mais prestigiados intelectuais europeus e uma das mais emblemáticas figuras do século XX português, exposição que pode ser visitada até ao final deste mês.
Na Sexta-feira à noite, dia 16 de junho realizou-se no auditório da Biblioteca Municipal de Arganil um painel com a presença de José Vaz, Sara Maino e Mariana Kazakova que teve como mote a citação “Pois é: talvez. Mas eu gostava de ter a certeza. A certeza de que não havemos de esquecer os velhos sem esperança, nem os catraios com fome, nem estes cegos que tocam pelas ruas, nem os que morrem sem um queixume, quando formos nós a fazer congressos, e filmes, e exposições…” da autoria de Urbano Tavares Rodrigues, levando a uma reflexão sobre o papel da literatura e da arte na sociedade atual.
O serão foi encerrado com um aprazível momento musical protagonizado por Miguel Neves do Atelier do Piano.
O último evento em Arganil, no âmbito do Festival Literário Internacional do Interior, teve lugar na Biblioteca Municipal, no dia 17 de junho, em que Filipa Martins, autora do livro “O dever de deslumbrar” deu uma interessante palestra sobre Natália Correia, abordando a vida desta carismática mulher do ponto de vista social, político, cultural e religioso.
Ao todo nos 10 concelhos onde se realizou o festival foram mais de 50 os eventos culturais realizados, o que mais uma vez evidência a força da arte e da cultura como força vitalizante e animadora de uma região e de um povo.