Câmara Municipal de Arganil passa a pagar a trinta dias
O cumprimento atempado das obrigações financeiras constitui uma pedra basilar para o funcionamento da economia. A Comissão Europeia estima que, diariamente, dezenas de pequenas e médias empresas (PME) abrem falência em consequência das suas facturas não serem pagas atempadamente. Esta cultura perniciosa de pagamento tardio a fornecedores, constatada principalmente nos países europeus menos desenvolvidos, está na origem da perda de centenas de milhar de postos de trabalho na União Europeia. Neste contexto, é hoje consensual que prazos médios de pagamento superiores a 90 dias enquadram-se na classe de pagamentos com um atraso severo. Para a Comissão Europeia, prazos médios de pagamento superiores a 90 dias são intoleráveis, altamente lesivos para a economia e uma prática que urge combater e punir convictamente.
Quando o actual executivo autárquico assumiu funções, pela primeira vez, em 28 de Outubro de 2005, encarou desde logo como desiderato e objectivo estratégicos recuperar a saúde financeira do Município de Arganil e a imagem que a autarquia tinha junto dos seus parceiros. Foi então decidido fixar em 90 dias o prazo máximo para cumprimento das obrigações financeiras. Fruto do trabalho de grande rigor e boa gestão da coisa pública, o Município de Arganil é hoje uma entidade com imagem imaculada. Não só foi cumprido aquele compromisso de honrar os compromissos a tempo e horas, isto é, num prazo máximo de 90 dias, como também foi possível encurtar aquele prazo. Em 2012 o Município de Arganil foi um dos quarenta e cinco municípios portugueses com melhores prazos de pagamento. No Distrito de Coimbra, apenas Pampilhosa da Serra registou melhor performance.
Não obstante os honrosos resultados obtidos, a Câmara Municipal de Arganil decidiu alterar a política de relacionamento com os seus fornecedores. Doravante, passará a honrar os seus compromisso num prazo máximo de 30 dias; decisão que, certamente, permitirá melhorar o prazo médio de pagamentos. A Câmara Municipal de Arganil toma esta decisão, ciente que assim está a colocar meios financeiros na economia real, facilitando a vida às empresas e contribuindo para a manutenção dos respectivos postos de trabalho.