Intervenção na Fraga da Pena começa em breve
Foi celebrado o auto de consignação da empreitada de Melhoria das Condições de Visitação da Paisagem Protegida da Serra do Açor, na área da Mata da Margaraça. A obra foi adjudicada à empresa Ramal Pombeiro, Construções Lda. e terá início ainda neste mês de maio.
Em causa está um investimento superior a 156 mil euros, financiado pelo Fundo Ambiental em 150 mil euros, em resultado da candidatura apresentada pelo Município de Arganil ao Aviso “Melhoria das condições de visitação em áreas protegidas de âmbito nacional em cogestão”.
As intervenções previstas no âmbito do projeto visam a melhoria das condições físicas, por um lado, e a reformulação do suporte informativo, por outro.
Os trabalhos vão ter início na Fraga da Pena, onde vai ser instalado um passadiço com 60 metros de extensão, permitindo que pessoas com mobilidade condicionada possam aceder à cascata de 20 metros que faz desta zona de lazer o principal ponto de atração da Área Protegida. Esta primeira fase da intervenção, na Fraga de Pena, deverá terminar até ao final de junho.
Os percursos pedestres e caminhos existentes vão ser alvo de trabalhos de limpeza; reabilitação de muretes e contenção de terrenos; regularização e compactação de solos; reforço de sinalética direcional e definição de áreas de interdição.
A reabilitação da Casa Grande, que acolhe o Centro Interpretativo da PPSA, bem no coração da Mata da Margaraça, considera a intervenção mais expressiva de todo projeto. Além da reabilitação do edifício, está prevista a modernização dos equipamentos e a reorganização da exposição e conteúdos, permitindo a introdução de um novo conceito de museografia, mais centrado no digital e na interatividade.
O projeto prevê, ainda, a reabilitação da Casa da Eira, de forma a servir de apoio à organização de atividades de campo e visitas guiadas, funcionando como uma extensão do Centro de Interpretação.
Este projeto, desenvolvido em parceira com o Instituto de Conservação da Natureza e das Florestas (ICNF), preserva e respeita as características singulares do património natural da paisagem protegida, onde se encontram inseridas a Mata da Margaraça e a Fraga da Pena, duas áreas de especial interesse e dois pontos de referência no concelho.
Após a assinatura do auto de consignação, Luís Paulo Costa manifestou-se satisfeito e expectante com o início das tão aguardadas e necessárias na PPSA.
“Estamos a preservar e a dignificar a beleza o nosso património natural, proporcionando as melhores experiências a quem visita o pulmão do nosso concelho”, destaca o presidente da Câmara, referindo que houve desde logo a preocupação de a intervenção não ser demasiado intrusiva num espaço com uma vida muita própria.
“A fauna, em particular, não gosta de ser incomodada com ruído e agitação exteriores, e foi preciso conciliar esse fator de proteção e conservação da natureza e da biodiversidade com as melhorias necessárias”.