Município de Arganil entrega chaves de 10 habitações reconstruídas após o incêndio de Outubro de 2017
Dez famílias do concelho de Arganil receberam, esta quarta-feira, dia 17 de outubro, a chave das suas habitações, reconstruídas no âmbito do Programa de Apoio à Recuperação de Habitações Permanentes (PARHP). Luís Paulo Costa, Presidente da Câmara Municipal de Arganil, e Ana Abrunhosa, Presidente da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Centro (CCDRC), concretizaram o ato simbólico da entrega das chaves, numa cerimónia de profundo significado e de grande emoção, realizada no Salão Nobre dos Paços do Concelho, praticamente um ano depois do trágico e avassalador incêndio de 15 de outubro de 2017, que afetou 60 casas de habitação permanente no concelho de Arganil.
Sublinhando o “determinante e incansável” papel da CCDRC, em particular de Ana Abrunhosa, Luís Paulo Costa manifestou-se satisfeito com a forma como decorreu o programa de apoio à reconstrução, ainda que marcado por inúmeros obstáculos e contingências. “Todos gostaríamos que tudo tivesse sido mais rápido, mas, no meio das dificuldades, o processo tem decorrido de forma positiva, melhor no concelho de Arganil do que nos restantes concelhos também fortemente prejudicados pela tragédia”.
Chegar a bom porto, frisou o Presidente da autarquia, implica um forte e empenhado trabalho de várias equipas, das juntas de freguesias, IPSS’s, Misericórdias e dos técnicos da autarquia, a quem Luís Paulo Costa dirigiu uma palavra de gratidão e apreço: “Parte deles envolveram-se muito para além daquilo que era a sua obrigação estritamente profissional. Deram muito de si para que este processo não fosse tão penalizador como poderia ter sido”.
Empenho reconhecido também pela Presidente da CCDRC, que exaltou o “trabalho excecional” desenvolvido pelos serviços sociais da Câmara Municipal de Arganil e pelo Gabinete de Apoio à Reconstrução de Habitações Permanente, liderado pelo técnico José Castanheira. O objetivo, afirmou Ana Abrunhosa, dirigindo-se às famílias que iam tentando controlar as emoções, “foi de tudo fazer para que uma parte da vossa vida ficasse mais tranquila. Este contrato transmite-vos, de novo, as vossas casas, uma parte importante das vossas vidas”.
Até ao momento, estão concluídas 32 habitações, abrangendo as dez de reconstrução total entregues aos proprietários nesta quarta-feira, e mais 23 que estão em execução, num total de 60 pedidos de apoio contemplados no âmbito do Programa do Governo de Apoio à Reconstrução de Habitação Permanente no concelho de Arganil. Conhecida e reconhecida pela determinação que coloca no ato das suas funções e por fazer honrar as suas promessas, Ana Abrunhosa assumiu um sério compromisso com a Câmara de Arganil e com os arganilenses: “De tudo faremos para que a esmagadora maioria das habitações fique terminada até ao final do ano”.
Nos próximos meses, o trabalho das equipas vai centrar-se na resolução dos casos mais complexos. “A Câmara tem sido incansável a tentar resolver as situações que têm sido faladas na comunicação social. Situações que estão no limite da legalidade, como sabem, pessoas que vivem em zonas que não seriam as mais adequadas para construir casa”, referiu a Presidente da CCDRC, garantindo que o objetivo passará por contemplar o máximo de situações possível no programa de apoio que o Governo criou para as primeiras habitações.
Ana Abrunhosa não terminou a sua intervenção sem antes “felicitar o Presidente da Câmara e a sua equipa por ter sido das primeiras autarquias a aprovar o programa de apoio às segundas habitações”, relembrando que há outras vítimas dos incêndios de outubro de 2017 que precisam de ser igualmente amparadas, neste seu desejo de manter a ligação à terra.
Depois de entregues as chaves, Luís Paulo Costa e Ana Abrunhosa, acompanhados pela Vice-Presidente e vereadores da Câmara Municipal, bem como pela empresa de construção e de fiscalização da obra, visitaram uma das casas reconstruídas, “abrindo” a porta do futuro a estas famílias, que têm, agora, a oportunidade de recomeçar a sua vida com a dignidade e a esperança que o incêndio cruelmente lhes tirou.