Noite Branca 2024: uma noite para guardar!
Passámos literalmente a noite de 30 de agosto em branco, nas ruas do centro da vila de Arganil, a festejar madrugada adentro. O motivo também é claro, a Noite Branca veio mais uma vez para a rua, trazendo com ela tudo aquilo que de ano para ano, promete, e acaba por superar: música, convívio, animação, diversão, e decoração alusiva, que no conjunto, se transforma em momentos únicos e difíceis de esquecer.
O evento, que dispensa apresentações, mas não dispensa as vestes brancas, mantém desde a primeira edição, o propósito de dinamizar e revitalizar o comércio tradicional do centro da vila, ao qual se juntam alguns produtores do concelho com as suas iguarias endógenas.
Para tal, o contributo dos comerciantes locais foi precioso e estes, mais uma vez, responderam de forma irrepreensível, quer com decoração especial, pequenas atuações, serviços gratuitos, demonstrações, promoções, animação, entre outras atividades, todos eles, elementos cruciais para o sucesso que a Noite Branca tem alcançado. Mas não só os comerciantes do centro se mostraram dedicados, também os moradores quiseram fazer parte e não se deixaram rogados, respondendo ao apelo com a exposição de colchas e toalhas brancas à janela, como quem dá as boas-vindas a quem passa. Afinal, é de branco que se faz a festa!
Com a introdução de algumas novidades, destaca-se a zona este ano criada para o deleite dos mais novos, entre a Praça Simões Dias e a Rua Dr. Veiga Simões. A “rua da brincadeira”, vivida intensamente pela pequenada, contou com um globo gigante e uma piscina de bolas que, sem descanso foram acolhendo um sem fim de crianças felizes. Novidade foi também a criação de uma espécie de “casa portuguesa” na antiga loja Marilú, que dava as boas vindas à denominada Rua das Tradições. Através da recriação de uma sala de estar de outros tempos, muitas memórias antigas se fizeram ladear das quatro paredes daquele, também icónico, espaço. Responsabilidade do Arquivo Municipal, os elementos físicos e digitais que ali se podiam encontrar, recordaram as Marchas Populares dos anos 70, os míticos Bailes de Finalistas daquela época, entre “outros carnavais” da altura.
De resto, da Fonte de Amandos, à Rua Visconde de Sanches Frias, passando pelo Largo Dr. Augusto de Oliveira Coimbra, vulgarmente denominado por Campanário; da Rua Oliveira Matos e Largo Padre Manuel da Costa Vasconcelos até à Rua Comendador António Lopes da Costa; da Praça Simões Dias à Avenida José Augusto Carvalho, entre outras pequenas ruas que a elas estão adjacentes, nenhum pormenor foi deixado ao acaso. A animação, essa, foi constante, alternada e sobretudo diversificada, lembrando que é uma festa da qual todos fazem parte. Na assistência, uma multidão entusiasmada acompanhou todos os momentos de palco em palco, mantendo-se de pedra e cal até ao fim da noite. Terminámos mais uma vez na Praça Simões Dias, já o dia quase se fazia anunciar, com uma animada performance. Rimos, dançámos, brindámos, abraçámos, mas já com alguma nostalgia…estava mesmo a chegar ao fim.
O Município de Arganil agradece naturalmente ao comércio local e tradicional que mais uma vez respondeu em força e com entusiasmo ao apelo dado pela Noite Branca, aos produtores do concelho de Arganil pela sua importante participação, à Junta de Freguesia de Arganil, pelo apoio na bonita e elogiada decoração da Rua Oliveira Matos, aos moradores do centro da vila que participaram orgulhosamente, decorando as suas fachadas e, a si, por nos ter visitado e por ter participado, comprovando que há mesmo “mais vida na vila!”