Cartaz Stopcortaderia@arganil

STOPCORTADERIA@Arganil

O Município encontra-se a concretizar o projeto STOPCORTADERIA@Arganil, que consiste no controlo da espécie exótica vegetal invasora Cortaderia selloana ou erva-das-pampas como é vulgarmente denominada, no núcleo emergente na Zona Industrial da Relvinha, mas também a prospeção e controlo nos locais onde foi identificada isoladamente em todo o concelho.

Importa salientar que a erva-das-pampas é uma gramínea perene que pode ultrapassar os 4m de altura e os 3m de diâmetro, com flores agrupadas em tufos prateados ou ligeiramente rosados, conhecidos por plumas ou penachos, que podem produzir milhares de sementes por ciclo reprodutivo, que se espalham com o auxílio do vento.

Nativa da América do Sul, especificamente do Chile e da zona das Pampas do Brasil, Argentina e Uruguai, é invasora na Europa, nomeadamente Portugal, Espanha, França, Irlanda e Reino Unido, e ainda Bélgica e Holanda e em países do Mediterrâneo, como Itália e Grécia e em países da Europa Central, como a República Checa.

Esta é uma espécie extremamente adaptável a diversas condições, sendo uma das primeiras espécies a colonizar terrenos degradados, como terrenos industriais, margens de estradas, vias ferroviárias, etc. Contudo, coloniza também espaços naturais de elevado valor ecológico, competindo com as espécies nativas. A presença desta espécie aumenta ainda o risco de incêndios, pois as plumas e as plantas secas são altamente inflamáveis. (http://stopcortaderia.org/language/pt/stop-cortaderia-pt/)

Por estes motivos esta espécie foi adicionada ao conjunto de espécies proibidas em Portugal, através do Decreto-Lei n.º 92/2019, de 10 de julho.

Para o combate a esta invasão o Município de Arganil aderiu à Estratégia Transnacional de Luta contra a Cortaderia, que já em 2019 desenvolveu as primeiras ações de controlo da espécie, passando a contar, desde 2020, com a colaboração da Escola Secundária de Arganil e da Escola Superior Agrária de Coimbra, com várias ações de sensibilização e de controlo no terreno.

O contributo para este objetivo pode vir de todos, através da identificação, localização e envio para o Município desta informação, tornando-se assim qualquer pessoa num “cidadão-cientista”.